1.12.09
Varanda dos olhos fechados
Uma casa começa com xícaras. Amarelas e seis. Devane deu enquanto geladeira conhecia cozinha. Dia começos. Caixas, homens raiva de pregos. Balde na porta da varanda espiando sofrimento dos panos de chão. Paredes brancas, bonito pendurar samambaia. Pena vista tão faltou: árvores indecisas, esquinas sem bares, prédios que nem são navios. No verdade é janela frente outras, só. Mas fazer varanda dos olhos fechados. Deixar impossível esquecer quem é. De miragem nasce coisas, cabelo, ponte acesinha, gente mesmo. Praça com mendigo de sentir pena e menino sujo de queda...Nada virar quiser, mesmo que ainda nem. Ali era era tempo dos querias. Via os irás todos. Envelhecia, voltava. Lembrava que quebrei aquela xícara na semana que vem.
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