
Toda noite se perdia em Lua. Chegava sujo de esquina. Mesmo assim tirei os sapatos, cobri bem. “Dexa dexa”, melhor botar lenço, abrir torneira, brincar de melado. É manhã de fazer bala de coco, não de remoer garrafas.
Pegou os potes e foi bater goma no quintal, descalça. Jogava uma língua branca quente de mão pra mão. Fazia fumaça de calor e dedos vermelhos. Depois forno e toalha lisinha na mesa. Ele comia doce quando acordava. Nunca disse viço. Um dia pegou chapéu e não voltou. Virou mil velas e mudou o significado do açúcar.